the truth of things

Diziam-me, um dia, que "tecto-falso" não era expressão que se usasse: que os tectos não são falsos, que são suspensos. Afinal, ora essa, ele lá está, é ele que dá a expressão da altura, pois então. E assim da mesma forma, o pavimento é flutuante e as paredes são de gesso cartonado. Não, nada é falso, é a efemeridade e a velocidade dos tempos modernos. Pois bem. Aqui não. Pelo contrário, dos tectos só se poderá dizer que são mesmo falsos, assim como o chão e as paredes (envelopes, dizem eles), são falsos. Falsos porque o resto é mentira: é mentira o isolamento acústico e térmico, são mentira as fundações. Que fundações? Terreno lisinho, nem sapata, nem ancoragem. Já está. As casas vão-se com o leve encosto de uma retro-escavadora pequena. Os vizinhos ouvem-se nas casas de banho, sabem quando cada um usa a torneira, contam quantos passos cada um dá até à cama e da cama à cozinha. Agora percebo porque tudo nesta terra tem tapete: pois nem há chão.

4 Responses to “the truth of things”

  1. # Blogger rednosedraindeer

    Foda, entao tu com os teus problemas de flatulencia deves sofrer bue!

    (enviei isto pq pronto, sempre tens a hipotese de ver primeiro q qq pessoa e n aceitar!)

    :D  

  2. # Blogger Hugo

    como é moderna a nossa américa  

  3. # Blogger Hugo

    ele é um flatulento assumido LOL e para aceitar estes comments pelos vistos ainda não intoxicado  

  4. # Anonymous Anonymous

    era uma casa muito engraçada, não tinha tecto, não tinha nada... era a letra de uma cantilena da minha infância... afinal ela existe
    Z  

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