Com uma bacia hidrográfica de 115,000 km², a sexta maior da nação, o rio Mobile desagua na baía convenientemente apelidada de 'Mobile', arrastando sedimentos que nunca mais acabam. Na margem Oeste da baía encontramos a não menos convenientemente denominada cidade de Mobile. Construída pelos tais sedimentos do rio e pelo debris que a ondulação transporta golfo acima, uma barreira de bancos de areia surgiu que protege a costa e cria uma zona híbrida de águas doces e salgadas e correntes amenas: um verdadeiro paraíso para a fauna e flora marinhas, 'muito mais produtivas que qualquer campo de arroz da mesma dimensão', dizem os especialistas! Tem-se por norma, na língua vernacular, chamar à coisa de "barrier island". Esses sensíveis eco-sistemas altamente dinâmicos existem, no caso particular da nossa baía de Mobile, sob o amaricado nome de Dauphin Island.
Dizem que a primeira tentativa de ocupação humana permanente [europeia] da região foi de iniciativa francesa (o que é coerente com a questão do amaricado). Estes construiram a sua colónia perto de onde posteriormente surgiu Mobile e um porto-forte junto à entrada da baía (ora bem, na ilha em questão). [Depois os franceses terão descoberto o Mississipi, como entrar nele e as suas maravilhosas potencialidades (uma bacia hidrográfica muito maior, uma navegabilidade impressionante, Nova Orleães, Louisiana, enfim, o paraíso de qualquer companhia de tranporte fluvial francesa). Passaram a investir mais daquele lado, abandonando a baía de Mobile. Depois cansaram-se do Sul do Golfo do México, consequência da cansativa guerra do toma-lá-dá-cá com os espanhóis - passou tudo para os espanhóis (os franceses ficavam-se pelo Québec). Virou americano, eventualmente.]
Dauphin Island é uma língua de areia meia dúzia de pés acima da água, no seu ponto mais alto. Tem árvores que seguram todo o sistema. É ponto extremo da baía de Mobile, o que não é assunto de somenos importância: é aí que a passarada que desce pelas correntes encanadas pelo vale do Mobile aterra, antes da etapa pesada da travessia do Golfo do México, nas suas anuais viagens migratórias. É aí a sua primeira possibilidade de terra firme no percurso de sentido contrário. Por isto, existe um "Audubon Bird Sanctuary", que é como quem diz, uma mata non aedificandi. Dizem que os pássaros enchem os céus durante umas semanas e que daí caiem sobre a ilha, por falta de forças para aterragem mais suave. No meio de toda esta história, existem miríades de pequenas casas suburbanas encavalitadas debaixo das árvores, por de trás das dunas, sobre a praia, sobre a água. Vem um furacão e lava metade. Deligentemente, limpa-se, constrói-se novo mamarracho. O homem tem imbecilidades deliciosas.
É em Dauphin Island o local do meu projecto este ano. Programa misto, habitação de baixo-custo, sustentabilidade económica e ambiental. Mais um mamarracho.
Dizem que a primeira tentativa de ocupação humana permanente [europeia] da região foi de iniciativa francesa (o que é coerente com a questão do amaricado). Estes construiram a sua colónia perto de onde posteriormente surgiu Mobile e um porto-forte junto à entrada da baía (ora bem, na ilha em questão). [Depois os franceses terão descoberto o Mississipi, como entrar nele e as suas maravilhosas potencialidades (uma bacia hidrográfica muito maior, uma navegabilidade impressionante, Nova Orleães, Louisiana, enfim, o paraíso de qualquer companhia de tranporte fluvial francesa). Passaram a investir mais daquele lado, abandonando a baía de Mobile. Depois cansaram-se do Sul do Golfo do México, consequência da cansativa guerra do toma-lá-dá-cá com os espanhóis - passou tudo para os espanhóis (os franceses ficavam-se pelo Québec). Virou americano, eventualmente.]
Dauphin Island é uma língua de areia meia dúzia de pés acima da água, no seu ponto mais alto. Tem árvores que seguram todo o sistema. É ponto extremo da baía de Mobile, o que não é assunto de somenos importância: é aí que a passarada que desce pelas correntes encanadas pelo vale do Mobile aterra, antes da etapa pesada da travessia do Golfo do México, nas suas anuais viagens migratórias. É aí a sua primeira possibilidade de terra firme no percurso de sentido contrário. Por isto, existe um "Audubon Bird Sanctuary", que é como quem diz, uma mata non aedificandi. Dizem que os pássaros enchem os céus durante umas semanas e que daí caiem sobre a ilha, por falta de forças para aterragem mais suave. No meio de toda esta história, existem miríades de pequenas casas suburbanas encavalitadas debaixo das árvores, por de trás das dunas, sobre a praia, sobre a água. Vem um furacão e lava metade. Deligentemente, limpa-se, constrói-se novo mamarracho. O homem tem imbecilidades deliciosas.
É em Dauphin Island o local do meu projecto este ano. Programa misto, habitação de baixo-custo, sustentabilidade económica e ambiental. Mais um mamarracho.
São as perspectivas.
Recomendo edifícios coloridos em forma de paralelepípedo. Dá pouco trabalho, e se usares muitas cores, és um génio.
(ou se calhar não percebo nada disto!)
Penso que percebes da coisa. Era o que estava a pensar fazer. :)