A Europa, vista daqui, é feita de grandes avenidas com plátanos ladeadas de casas amansardadas com catedrais e óperas a pontuar a paisagem. As catedrais são góticas, as óperas barrocas. Ali passam carruagens puxadas a cavalo e grupos de pessoas que se dirigem aos parques para o regular piquenique. Os pequenos-almoços são de croissants e pãezinhos vários com doces da avó e delicatessens de um qualquer familiar, como só num continente bem antigo poderiam existir: fois-gras de pato com laranja, feito na quinta da tia-avó; cammembert, oferecido pelo amigo do primo de um senhor que tem umas vaquinhas nos alpes... As crianças brincam com papagaios, elas passeiam-se em saias esvoaçantes. As janelas têm pequeninos vasos de violetas pendurados. Toda a gente faz reciclagem. A produção artística dá-lhe um pouco para a excentricidade, mas o governo paga a saúde e fala francês. O ensino é gratuito e eficaz e faz-se em liceus neo-clássicos de estilo imperial. Bem no coração de todo este aparato e materializando todo este imaginário, encontra-se a Torre Eiffel.
A Europa, vista daqui, é parisiense. E encontra-se suspensa numa belle époque perpétua. É por isso que é resignadamente que, deste lado de cá, ainda se soltam exclamações de espanto quando, incredulamente se descobre que, afinal, a Europa não é toda bem assim tal e qual: Paris.
A Europa daqui é o paraíso perdido que qualquer americano gostaria de recuperar. É apenas um nome: tem, geralmente, muito pouco a ver com a realidade. E embora ninguém queira realmente falar francês, todos gostariam que o inglês fosse menos feito de irregularidades.
A Europa, vista daqui, é parisiense. E encontra-se suspensa numa belle époque perpétua. É por isso que é resignadamente que, deste lado de cá, ainda se soltam exclamações de espanto quando, incredulamente se descobre que, afinal, a Europa não é toda bem assim tal e qual: Paris.
A Europa daqui é o paraíso perdido que qualquer americano gostaria de recuperar. É apenas um nome: tem, geralmente, muito pouco a ver com a realidade. E embora ninguém queira realmente falar francês, todos gostariam que o inglês fosse menos feito de irregularidades.
Je suis un berlinois? lol