"With 8 million gallons of fresh and marine water, Georgia Aquarium is the world’s largest aquarium."
Atlanta.
Em Valley, uma cidade quer recuperar uma fábrica abandonada. Esta encontra-se na charneira entre a cidade e o rio e é esse o horizonte que se propõe. O encontro com o lugar. A fábrica está onde toda uma cidade se lança no encontro com rio, que ali se vê suspenso no largo arco de um dique. Toda a respiração se sustém. A Georgia fica do outro lado. Um derradeiro olhar lançado ao céu. As ilhas são cenários para as histórias mais fantásticas: estão impregnadas de arrebatadas tragédias humanas - prerrogativas de qualquer lugar maravilhoso. Os sentidos enevoecem.
Toomer's Corner é o único acontecimento urbano da cidade de Auburn com direito a título de lugar. Ele é uma instituição. Toomer's é uma lojinha que categoricamente não é nada: mas vende uma limonada que fez história e a loja sobrevive de souvenirs de coisa alguma. Dá o nome ao cruzamento. É o lugar para todo o tipo de festas de iniciação, de encontro dos fãs do Tigers, gritos de guerra, espectáculos da banda local e para o peculiar "ritual" de celebração de qualquer jogo vencido pela equipa.
No canto, um carvalho vivo (live oak) cresce, do lado em que começa a Universidade. Diz-se que as estufas da Universidade têm outros tantos carvalhos a serem desenvolvidos para substituir o do Toomer's Corner, caso alguma coisa lhe aconteça. Esta é o epicentro da celebração.
O acontecimento dura pouco mais de uma hora. A ideia de espaço público é frágil por estas paragens: dura pouco para que volte a ser novamente um mero espaço funcional.
Com uma bacia hidrográfica de 115,000 km², a sexta maior da nação, o rio Mobile desagua na baía convenientemente apelidada de 'Mobile', arrastando sedimentos que nunca mais acabam. Na margem Oeste da baía encontramos a não menos convenientemente denominada cidade de Mobile. Construída pelos tais sedimentos do rio e pelo debris que a ondulação transporta golfo acima, uma barreira de bancos de areia surgiu que protege a costa e cria uma zona híbrida de águas doces e salgadas e correntes amenas: um verdadeiro paraíso para a fauna e flora marinhas, 'muito mais produtivas que qualquer campo de arroz da mesma dimensão', dizem os especialistas! Tem-se por norma, na língua vernacular, chamar à coisa de "barrier island". Esses sensíveis eco-sistemas altamente dinâmicos existem, no caso particular da nossa baía de Mobile, sob o amaricado nome de Dauphin Island.
Dizem que a primeira tentativa de ocupação humana permanente [europeia] da região foi de iniciativa francesa (o que é coerente com a questão do amaricado). Estes construiram a sua colónia perto de onde posteriormente surgiu Mobile e um porto-forte junto à entrada da baía (ora bem, na ilha em questão). [Depois os franceses terão descoberto o Mississipi, como entrar nele e as suas maravilhosas potencialidades (uma bacia hidrográfica muito maior, uma navegabilidade impressionante, Nova Orleães, Louisiana, enfim, o paraíso de qualquer companhia de tranporte fluvial francesa). Passaram a investir mais daquele lado, abandonando a baía de Mobile. Depois cansaram-se do Sul do Golfo do México, consequência da cansativa guerra do toma-lá-dá-cá com os espanhóis - passou tudo para os espanhóis (os franceses ficavam-se pelo Québec). Virou americano, eventualmente.]
Dauphin Island é uma língua de areia meia dúzia de pés acima da água, no seu ponto mais alto. Tem árvores que seguram todo o sistema. É ponto extremo da baía de Mobile, o que não é assunto de somenos importância: é aí que a passarada que desce pelas correntes encanadas pelo vale do Mobile aterra, antes da etapa pesada da travessia do Golfo do México, nas suas anuais viagens migratórias. É aí a sua primeira possibilidade de terra firme no percurso de sentido contrário. Por isto, existe um "Audubon Bird Sanctuary", que é como quem diz, uma mata non aedificandi. Dizem que os pássaros enchem os céus durante umas semanas e que daí caiem sobre a ilha, por falta de forças para aterragem mais suave. No meio de toda esta história, existem miríades de pequenas casas suburbanas encavalitadas debaixo das árvores, por de trás das dunas, sobre a praia, sobre a água. Vem um furacão e lava metade. Deligentemente, limpa-se, constrói-se novo mamarracho. O homem tem imbecilidades deliciosas.
É em Dauphin Island o local do meu projecto este ano. Programa misto, habitação de baixo-custo, sustentabilidade económica e ambiental. Mais um mamarracho.
Dizem que a primeira tentativa de ocupação humana permanente [europeia] da região foi de iniciativa francesa (o que é coerente com a questão do amaricado). Estes construiram a sua colónia perto de onde posteriormente surgiu Mobile e um porto-forte junto à entrada da baía (ora bem, na ilha em questão). [Depois os franceses terão descoberto o Mississipi, como entrar nele e as suas maravilhosas potencialidades (uma bacia hidrográfica muito maior, uma navegabilidade impressionante, Nova Orleães, Louisiana, enfim, o paraíso de qualquer companhia de tranporte fluvial francesa). Passaram a investir mais daquele lado, abandonando a baía de Mobile. Depois cansaram-se do Sul do Golfo do México, consequência da cansativa guerra do toma-lá-dá-cá com os espanhóis - passou tudo para os espanhóis (os franceses ficavam-se pelo Québec). Virou americano, eventualmente.]
Dauphin Island é uma língua de areia meia dúzia de pés acima da água, no seu ponto mais alto. Tem árvores que seguram todo o sistema. É ponto extremo da baía de Mobile, o que não é assunto de somenos importância: é aí que a passarada que desce pelas correntes encanadas pelo vale do Mobile aterra, antes da etapa pesada da travessia do Golfo do México, nas suas anuais viagens migratórias. É aí a sua primeira possibilidade de terra firme no percurso de sentido contrário. Por isto, existe um "Audubon Bird Sanctuary", que é como quem diz, uma mata non aedificandi. Dizem que os pássaros enchem os céus durante umas semanas e que daí caiem sobre a ilha, por falta de forças para aterragem mais suave. No meio de toda esta história, existem miríades de pequenas casas suburbanas encavalitadas debaixo das árvores, por de trás das dunas, sobre a praia, sobre a água. Vem um furacão e lava metade. Deligentemente, limpa-se, constrói-se novo mamarracho. O homem tem imbecilidades deliciosas.
É em Dauphin Island o local do meu projecto este ano. Programa misto, habitação de baixo-custo, sustentabilidade económica e ambiental. Mais um mamarracho.
... é o equipamento urbano que permite desviar o trânsito pedonal da via pública, para não atrapalhar os carros.
"[After several additions, the stadium today has a capacity of] over 85000 spectators. This makes Jordan-Hare the fifth largest on-campus stadium in the nation. (...) This concrete colossus occupies a prominent position near the center of everything on the campus."
in "The Auburn University Walking Tour Guide" R. G. Millman
Auburn.
Tailgating é o convívio que antecede do jogo, num acampamento provisório em torno do estádio feito de tendinhas, roulotes, vagonetes, comionetas e tudo o que sirva para trazer a casa até à porta do estádio. Há muita cerveja, churrasco e festa. É proibido beber dentro do estádio, pelo que as pessoas embebedam-se cá fora. É a única altura em que beber na rua é permitido.
Auburn.
Auburn.
Já não me posso dizer um inconformado: recebi o meu primeiro ordenado.
(Bom, na realidade foi só meio ordenado. Meio ordenado! Nem tudo está perdido. Vendido ao sistema, mas devagarinho.)
(Bom, na realidade foi só meio ordenado. Meio ordenado! Nem tudo está perdido. Vendido ao sistema, mas devagarinho.)
Óculos da cobertura na última planta da ampliação ao High Museum of Art, por Renzo Piano. (2)
O último piso é iluminado por uma luz natural, indirecta, uniforme, impessoal. O resto do edifício é isso mesmo, um vasto espaço anónimo onde as peças se encontram suspensas na impessoalidade de um branco minimalista.
Atlanta.
O último piso é iluminado por uma luz natural, indirecta, uniforme, impessoal. O resto do edifício é isso mesmo, um vasto espaço anónimo onde as peças se encontram suspensas na impessoalidade de um branco minimalista.
Atlanta.
E as luzes do estádio já estão ligadas.